Nova biografia apresenta visão íntima sobre a sexualidade do astro do Queen e traz críticas à forma como sua vida foi retratada em “Bohemian Rhapsody”.
Freddie Mercury continua a despertar curiosidade e paixão décadas após sua morte. Agora, uma revelação surpreendente promete reacender o debate em torno da vida do lendário vocalista do Queen: uma mulher identificada apenas como “B” afirma ser filha secreta do cantor e traz à tona um conjunto de 17 cadernos pessoais deixados por ele. O conteúdo compõe a recém-lançada biografia “Com Amor, Freddie”, publicada pela Editora Rocco no Brasil.
Sexualidade além dos rótulos
Entre os relatos mais marcantes, “B” afirma que Freddie nunca se sentiu confortável em ser apresentado como “ícone gay”, preferindo se reconhecer como bissexual. Para ela, as orientações do pai eram complexas e não podiam ser reduzidas a uma categoria única.
> “Ele sentia desejo por homens, mas fazia amor com Mary Austin”, escreveu, reforçando a relação única que o cantor manteve ao longo da vida com sua ex-namorada e confidente.
A filha também aponta que o astro era um homem bissexual e polígamo, ressaltando que mesmo 30 anos após sua morte, a bissexualidade masculina ainda sofre estigmatização.
Crítica ao filme “Bohemian Rhapsody”
Um dos pontos de maior polêmica é a crítica de “B” à forma como a sexualidade de Mercury foi retratada no cinema. Para ela, o longa vencedor do Oscar em 2019 adotou uma abordagem “reducionista”, transformando questões íntimas em espetáculo e deixando de lado a verdadeira profundidade emocional do cantor.
Segundo os escritos deixados por Freddie, a vida amorosa e afetiva era muito mais complexa do que mostrada na tela grande. Em um dos trechos dos diários, ele declara:
“Não se pode comparar sexo com amor, porque, neste caso, você está se referindo à coisa mais linda da Terra.”
Os cadernos de Freddie
Os 17 cadernos entregues a “B” revelam pensamentos íntimos, reflexões sobre a carreira e até relatos sobre o crescimento da filha. Eles mostram um artista dividido entre a grandiosidade de sua vida pública e a sensibilidade de quem buscava registrar e preservar seus afetos mais privados.
“B” descreve que Freddie dedicava páginas inteiras para falar dela e da importância de manter uma “vida dupla”: a do astro mundial e a do pai amoroso.
O legado em disputa
A revelação levanta questionamentos sobre a vida íntima de Mercury e desafia as versões consolidadas pelo cinema e pela mídia. Mais do que revisitar polêmicas, o livro oferece uma nova perspectiva sobre um dos maiores ícones da música mundial — um homem que viveu intensamente, mas que, em seus escritos pessoais, deixou claro o quanto amor e liberdade guiavam sua essência.


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