Brasília — 11 de setembro de 2025 – O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quinta-feira (11), às 14h, o julgamento que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus, acusados de participação em atos golpistas após as eleições de 2022. A sessão ganha peso especial porque a ministra Cármen Lúcia deve apresentar seu voto, considerado decisivo para a formação da maioria.
Contexto do caso
Entre os réus estão ex-ministros, ex-comandantes militares e auxiliares próximos de Bolsonaro, como Alexandre Ramagem, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira, Almir Garnier e Walter Braga Netto. Eles respondem por crimes como:
tentativa de golpe de Estado;
abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
organização criminosa armada;
dano e deterioração de patrimônio público.
Até agora, Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação de todos os acusados. Já o ministro Luiz Fux divergiu parcialmente, defendendo a absolvição de seis deles nos crimes mais graves, mas mantendo a condenação de Mauro Cid e Braga Netto.
Papel de Cármen Lúcia
O voto da ministra é aguardado com expectativa porque poderá consolidar a maioria pela condenação ou abrir caminho para empates e absolvições parciais. Na prática, sua posição pode definir o rumo do julgamento.
A ministra, que integra o STF desde 2006, é reconhecida por sua postura firme em defesa da Constituição e do Estado Democrático de Direito.
Próximos passos
Caso se forme maioria pela condenação, os ministros deverão definir a dosimetria das penas, estabelecendo o grau de responsabilidade de cada réu. O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, também ainda deve apresentar seu voto, o que completará o julgamento.
O desfecho será decisivo não apenas para o futuro político de Jair Bolsonaro, mas também para o entendimento do STF sobre os limites da responsabilidade de autoridades e militares em atos contra a ordem democrática.

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